Enquanto ambientalista indígena, tenho esperança e gratidão ao saber que Belém sediará a Cúpula da Amazônia em agosto deste ano. Essa reunião é um passo fundamental em direção à preservação da nossa floresta, que tem sido alvo de ameaças crescentes e agressões insustentáveis ao longo dos anos.
A floresta é o lar de povos indígenas ancestrais que têm vivido em harmonia com a natureza há milênios, e é também a morada de uma biodiversidade única que abriga incontáveis espécies vegetais e animais. A Cúpula representa uma oportunidade ímpar para que a voz das comunidades indígenas seja finalmente ouvida, levando em conta nosso conhecimento tradicional e nosso papel como guardiões da floresta.
A devastação causada pelo desmatamento ilegal, incêndios florestais e atividades predatórias são feridas abertas e por muito tempo institucionalizada pelo inelegível. A floresta enfrenta um momento crítico consequente dos últimos 4 anos de descontrole e farra de um executivo falho e corrupto.A Cúpula é uma luz no fim do túnel, trazendo a esperança de que medidas efetivas e colaborativas sejam tomadas para reverter esse cenário alarmante.
Nossa cultura, nossos costumes e nossa identidade estão profundamente conectados à Amazônia. Lutamos diariamente para preservar nosso patrimônio cultural, e este encontro é a chance de mostrar ao mundo que a floresta não é apenas um espaço para a exploração, mas um santuário que precisa ser respeitado e protegido.
É urgente que líderes, governantes e representantes de países de todo o mundo estejam unidos no compromisso de combater o desmatamento e as ações que ameaçam a vida na Amazônia. Não podemos mais aceitar promessas vazias e acordos que não saem do papel. Precisamos de ações concretas, de políticas públicas efetivas e de investimentos para a preservação da nossa casa comum.
Este encontro é uma oportunidade para demonstrar ao mundo que a sobrevivência da floresta é vital para o equilíbrio ambiental global. Ações coordenadas para combater o aquecimento global e suas consequências na região são urgentes, e a Amazônia não pode mais esperar.
A conexão entre o bem-estar das comunidades indígenas e a saúde da floresta é inegável. A preservação da floresta é a preservação das nossas vidas e da nossa história. Somos parte integrante desse ecossistema, e é nosso dever protegê-lo para as gerações futuras.
Que a Cúpula da Amazônia seja um marco histórico, não apenas em discussões, mas em ações concretas e compromissos firmes. A esperança e a vontade de lutar pela preservação da floresta arde em nossos corações. Chegou o momento de unir nossas vozes, de mãos dadas, para que a Amazônia possa continuar sendo o pulmão do mundo e um berço de vida e cultura. Juntos, podemos salvar nossa floresta e preservar o nosso tesouro natural para sempre.
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