O desmatamento na Amazônia aumentou 150%, em dezembro, em comparação com o mesmo período de 2021, segundo um relatório oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e divulgado no dia seis de janeiro. As informações divulgadas compreendem o último mês de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com INPE, este foi o pior dezembro já registrado pelo programa DETER (Detecção do desmatamento em tempo real) desde que foi criado, há oito anos.
O monitoramento por satélite do INPE detectou 218,4 km² de cobertura florestal destruída no mês passado na parte brasileira da maior floresta tropical do mundo, segundo dados do sistema de vigilância por satélite deter. A área, quase quatro vezes maior do que a ilha de Manhattan, aumentou 150% em relação aos 87,2 km² desmatados em dezembro de 2021, segundo o Inpe.
Ou seja, o mês de dezembro de 2022 tornou-se o terceiro pior registrado pelo programa Deter em oito anos, depois dos de 2017 e 2015. Em dois mandatos (2003-2010), o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva conseguiu uma forte queda no desmatamento. Já após eleito, o atual Presidente já comprometeu em retomar os programas de proteção ambiental, lutar pelo desmatamento zero e garantir que o país deixe de ser um “pária” no debate climático.
Essas informações mostram mais uma vez que a história se repete como farsa: quando governos autoritários assumem o comando político e coercitivo do país, a primeira fronteira a ser derrubada é a floresta que já existia desde muito antes da chegada dos invasores europeus.
Quem não lembra das histórias envolvendo a nossa madeira de lei sendo arrasada, naquelas “espinhas de peixe” formadas pelas vicinais surgidas ao longo das rodovias abertas pela ditadura. Daquele saque monstruoso, um punhado de endinheirados alcançou a fortuna; a grande massa de peões e posseiros permaneceram na miséria ainda mais obscena e cruel. A história do desmatamento na Amazônia é triste demais!
Atrás do trator e da motosserra de Bolsonaro, veio o gado e uma enorme engrenagem voltada para o crescimento econômico de ruralistas criminosos. Montanhas de dólares foram abastecer pouquíssimos bolsos na era bolsonarista. Tudo realizado através do derrame de bilhões e bilhões dos incentivos fiscais, uma das maiores e mais indecentes mamatas do período. Basta! Essa é a herança maldita que Lula precisa aniquilar.
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