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A multa de machismo que seleção da Noruega recebeu



Não há como negar: existe uma grande diferença na maneira em que as atletas mulheres são ‘comercializadas’. Enquanto o uniforme das ginastas femininas é um maiô, o dos ginastas masculinos é uma regata com short ou calça. No vôlei de praia elas usam um top e uma calcinha de biquíni e eles, uma bermuda e regata. No vôlei de quadra o uniforme das jogadoras é um shortinho colado, o dos jogadores, um bermudão.


Essa regra trouxe a tona a discussão da multa que as jogadoras de handebol da Noruega sofreram após usarem shorts durante o campeonato Europeu. O time teve que pagar uma multa de 1.5 mil euros, cerca de 9 mil reais, por não usarem o modelo estabelecido pela regra do esporte.


A questão da vestimenta tem sido debatida nos círculos de esportes de praia há vários anos, pois, algumas jogadoras consideram o biquíni degradante e impraticável. Mas Graças a ação da seleção feminina de handebol de praia da Noruega, a Federação Internacional de Handebol deve discutir o assunto em breve, podendo inclusive mudar o regulamento de uniformes da modalidade.


A questão é que, por que essa obrigação só se da para a vestimenta das mulheres? Por que os homens podem usar shorts e as mulheres são obrigadas a usarem biquinis pequenos e claramente desconfortáveis para a prática do esporte? além disso, elas têm que usar a vestimenta inclusive quando as temperaturas estão mais baixas.


Ao que parece, a atleta está ali não só para competir, mas para ser um mero objeto de admiração de seus corpos.


Pelas redes sociais, o Ministro da Cultura e Esportes da Noruega, Abid Raja, disse que a decisão é "É completamente ridículo, uma mudança de atitude é necessária no machista e conservador mundo internacional do esporte". Já o presidente da Federação Norueguesa de Voleibol, Eirik Sordahl, também foi crítico e enfatizou que "Em 2021, isso nem deveria ser um problema.

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