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Belém da resistência do Fórum Social Pan-Amazônico


Foto: Marcos Barbosa / Agência Belém

Lideranças dos povos originários e tradicionais, representantes de movimentos sociais, ambientalistas, professores, cientistas e autoridades se encontrarão em Belém de 28 a 31 de julho no X Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa), no Campus do Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento internacional já foi realizado na capital paraense em duas outras oportunidades e retorna a cidade para uma terceira edição. O evento vai reunir representantes dos nove países da Pan-Amazônia: Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, além de outros países da Europa e Ásia.


Em um momento de grandes retrocessos na política ambiental, devastação da floresta, aumento das queimadas, do garimpo ilegal, sucateamento de órgãos de controle, ameaças e mortes de ambientalistas ter um espaço de debate e fortalecimento da luta e da resistência popular, anti-imperialista e da autonomia dos povos é fundamental. Belém torna-se uma trincheira dos povos e resistência diante de tantos retrocessos.


O Fospa é um encontro para refletir na busca pela promoção da justiça social, ambiental e contra o modelo de desenvolvimento neo-liberal, extrativista e racista. A capital de movimentos como da Cabanagem que teve como causa a extrema pobreza pela qual a região passava e o abandono político após a Independência do Brasil. Somos uma metrópole incrustada na Amazônia, com potencialidades e de um povo que tem na sua história a resistência e a coragem para lutar.


A vida em harmonia com a natureza é condição fundamental para a existência. A terra não pertence a nós. Nós pertencemos a ela. Entender e refletir sobre isso é imprescindível na construção de uma sociedade justa e equilibrada. É preciso mudar a lógica destrutiva e gananciosa em que a floresta parece um inimigo a ser combatido. Discutir o racismo sofrido pelos povos indígenas e a falta de políticas públicas para várias comunidades.


O Fospa nos possibilitará uma convivência intercultural na defesa da Amazônia e seus povos, além de denunciar a política de morte de Jair Bolsonaro para o mundo.


É importante debater soluções para localidades de diferentes países voltadas para segurança alimentar e economia sustentável, pensando, assim, alternativas aos modelos predatórios e extrativistas atuais. O Fospa é esse espaço, onde também abre o debate para o fortalecimento da agroecologia e do conhecimento ancestral como fonte de ensino para o bem viver.


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