Existe festa mais diversa, colorida e animada que o carnaval? Se há, eu desconheço. Um dos pontos altos da cultura brasileira, o período festivo leva milhares de foliões às ruas todos os anos. Em tempos normais, os mais animados estavam ansiosos, separando a fantasia, já prontos para festejar.
No Pará, o carnaval de Vigia e Curuçá, por exemplo, levam milhares de pessoas para as ruas para festejar, porém, pelo segundo ano seguido os festejos públicos estão suspensos devido a Covid-19. Em Belém, as culturas populares, festas de rua, tambores, carimbós e festas de origem africana e indígena aconteciam na periferia. O carnaval, portanto, se tornou um grande catalisador dos processos históricos e artísticos como teatro, dança, música e artes visuais.
Com a suspensão das festas carnavalescas no Brasil devido à pandemia da Covid-19, milhares de postos de trabalho também são impactados. O carnaval é fonte de renda para milhares de pessoas como costureiras, ambulantes, fornecedores, entre outros. Somente no bloco na rua, por exemplo, se movimenta uma cadeia de trabalhadores, que vai desde fabricantes e locadores de trios elétricos a vendedores ambulantes e catadores de materiais recicláveis.
“O carnaval movimenta a economia local e quando se há investimentos, gera mais interesse e aumenta o turismo. A maioria das escolas de samba já estão com quase tudo pronto para o carnaval de 2023 e esperamos fazer um belíssimo evento em Belém e ficará marcado na história tenho certeza disso, sendo o mais disputado e bonito de se ver”, disse Alex Lobato da Escola de Samba Império.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor de serviços deixa de lucrar algo em torno de R$ 3 bilhões.
Pensando em manter fortalecida a tradição carnavalesca de Belém, a Prefeitura criou um formato inédito para que o carnaval esteja presente dentro da programação da Bienal das Artes 2022 que deve ser realizada em setembro. A subvenção para os grupos carnavalescos será liberada na íntegra para que as apresentações, oficinas e demais programações propostas pelas agremiações estejam voltadas para o evento. As escolas de samba também abrirão suas portas para receber os eventos propostos pela Bienal.
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