Bolsonaro colocou um cocar indígena na cabeça e foi a São Gabriel da Cachoeira (AM), em pleno território Yanomami.
Após vários ataques que o povo Yanomami vem sofrendo em seu território por garimpeiros ilegais, o presidente Bolsonaro pousa em terras indígenas para inaugurar uma ponte de madeira de 18 metros de comprimento na BR-307, que liga o município de São Gabriel da Cachoeira a comunidade Yanomami em Matucará, uma das regiões que mais sofrem com a mineração ilegal.
Sem sequer fazer menção aos problemas que os povos originários vêm enfrentando, Bolsonaro fez discurso destinado a militares usando o símbolo de maior respeito para os povos originários, e ignorou completamente os ataques que os indígenas sofreram durante esse mês no estado do Amazonas, principalmente a comunidade Palimiú que nas últimas semana tiveram vários ataques de garimpeiros.
A foto que está circulando nas redes causa raiva e pavor aos povos originários. O presidente Bolsonaro tem as mãos sujas de sangue por tudo que tem acontecido aos indígenas no Brasil. É dele a ordem diária para que se massacre nosso povo, como não se via há décadas. Usar um artefato da nação que ele está ajudando a dizimar é uma indignidade que só pode ser feita por quem nunca possuiu estatura moral para ocupar o mais alto cargo da República e que a muito deveria ter sido afastado, processado e preso por crimes contra a humanidade.
O povo Yanomami está cercado por mais de 20 mil garimpeiros, que poluem seus rios, destroem suas florestas e atacam a tiros suas comunidades. O povo Yanomami padece de fome e doenças, e grita por ajuda. O que se esperaria de um chefe de Estado? Que enviassem tropas Federais para retirar os invasores e proteger as populações indígenas. Mas o que se vemos é justamente o contrário, nosso povo amarga a perda de seus territórios, e a violência constante de garimpeiros ilegais aterrorizam as comunidades locais e estão completamente abandonados pelas autoridades.
Até quando o Brasil e o mundo assistirão de braços cruzados tamanha barbárie?
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