Comunidades do Acre e Pará são os mais afetadas com a disseminação de notícias falsas
A população indigenista está inserida no Plano Nacional de Imunização (PNI), o que deveria dar celeridade ao processo de vacinação de um povo tradicional, isento de memória imunológica, e vulnerável a doenças virais. Porém um empecilho chamado Fake News tem atrasado o número de originários imunizados contra a covid 19, doença que já matou mais de meio milhão de brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, 62% da população indígena da Amazônia estão vacinados, esse resultado mostra um percentual abaixo da média esperada, estando 10 pontos abaixo da média vacinal.
Dentre os estados mais afetados com falsas informações sobre a vacina estão: Acre e Pará, onde se concentram um número maior de pastores dentro de aldeias, consequentemente elevando a influência religiosa, causadora da lentidão na vacinação dos originários, que não chegam a 60% de indígenas vacinados na segunda dose do imunizante, se distanciando dos demais estados da Amazônia legal (Mato Grosso, Maranhão, Amapá, Amazonas, Roraima e Tocantins)), que mantém a taxa igual ou acima da 60% de aplicações de doses.
Considerados os Estados com o menor índice de vacinação da população indígena, o Acre e o Pará, somam até 20 pontos abaixo do que é visualizado nas etnias de todo o território brasileiro. Dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) paraenses têm as piores taxas de vacinação do país. Kayapó do Pará e Rio Tapajós, com 43% e 41% de imunização das etnias na primeira dose.
De acordo com informações do DSEI do Rio Tapajós, em fevereiro deste ano já havia rejeição a vacinação por parte dos indígenas, o motivo, informações falsas, de que a vacina seria na verdade a implantação do “chip da besta”, entre outros argumentos mentirosos usados para dificultar a vacinação dessa população, que recusa o medicamento, e com isso, acabam perdendo a vida por culpa da perigosa Fake News.
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