Quanto vale uma vida? Um fazendeiro latifundiário soltou um cão da raça pitbull em cima de uma criança indígena.
O território originário Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, infelizmente, nos dias de hoje, ainda sofre a mesma violência, genocida e impune, dos tempos da invasão dos colonizadores sanguinários. Violência que continua sendo praticada contra os povos indígenas dia após dia. Até quando teremos que lutar pelo direito mais básico que um ser humano pode ter, o direito à vida? Até quando Estado brasileiro fingirá que nos protege enquanto nosso sangue fica esparramado no chão?
Nossos parentes estão estarrecidos com a notícia de que um latifundiário criminoso e sádico que reside ao lado da reserva indígena Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, (Há 27 km do município de Dourados), na aldeia Panambizinho, soltou sadicamente um cão violento da raça pitbull em cima de criança indígena. Uma parente indefesa brutalmente atacada e vítima do ódio e da perseguição que nós originários sofremos 365 dia do ano.
O cachorro violento deixou vários ferimentos na criança e ela teve que ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Regional do município de Dourados. E imediatamente o grupo de lideranças femininas do povo Guarani Kaiowá denunciou que o ataque a criança ocorreu no último sábado, 6 de novembro, e até hoje, terça-feira, 9, o hospital de Dourados nem se quer avisou o Conselho Tutelar sobre a ocorrência do crime, pois, precisa da liberação do boletim médico da criança ferida.
De acordo com Janine Matos, coordenadora do Conselho Tutelar Leste, responsável pela região da aldeia Panambizinho, “as autoridades responsáveis do conselho tutelar só ficaram sabendo do ocorrido no final da noite de segunda-feira,8.”. Segundo Matos, “Você acredita que ninguém avisou a gente? Nem o hospital, nem a família, nem as lideranças. Fiquei sabendo pela internet, liguei lá no hospital e eles me confirmaram que a criança está lá”, disse Janine Matos.
É necessário fazer frente à violência e à violação de direitos que pesam sobre nós indígenas como desafio secular que enreda a vida, alternando luz e sombra como sempre tem acontecido na história do Brasil.
Nossas vidas importam, e por elas lutaremos. Nossa solidariedade ao povo Guarani Kaiowá que desde sempre vem sofrendo esdrúxulos ataques dos grileiros da soja com chuvas de veneno, perseguições implacáveis, tentativas de expulsão de suas terras ancestrais, convivendo com a pistolagem e o extermínio de lideranças por mando de ruralistas da região. Esses calhordas não nos intimidarão. Nossa luta seguirá firme e forte. Com a força de tupã, venceremos!
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