O projeto Hidrovia Araguaia Tocantins atende ao transporte de soja e minério e está inserido na lógica que prioriza a utilização dos rios da Amazônia não pelos povos da região, mas em benefício do grande capital, num crescente processo de privatização dos recursos hídricos do país. Um impacto social e ambiental que atinge ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras rurais, ativistas sociais, sindicalistas, pesquisadores e indígenas.
O projeto não atende os interesses e necessidades das populações locais, destrói o ecossistema existente e coloca em risco os recursos hídricos e gera a exclusão social. Um projeto excludente, que empobrece o povo e tira a nossa identidade.
O projeto prevê mudanças em trechos de pedreiras e corredeiras que ocupam mais de 40 quilômetros. A derrocada de pedras tem potencial para mudar a biodiversidade local e causar impactos significativos nos modos de vida das famílias da região. Somadas a essas condições, projetos predatórios de desenvolvimento tem impactado ainda mais na vida de populações como a do Baixo Tocantins.
A devastação que o agronegócio está fazendo na Amazônia e em outras regiões do país tem impacto negativo no meio ambiente. A ganância de setores do agronegócio para a plantação e a criação de gado e depois nas obras para a logística de escoamento de uma produção tem ferido de morte o ecossistema e colocado em risco milhares de famílias e povos tradicionais.
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