Acontece nos dias 29 e 30 de novembro o primeiros encontro das mulheres da resex

A estratégia Resistir para Existir; da Secretaria Nacional das Mulheres da CONFREM-Brasil, se forma para acolher uma demanda das Mulheres das Marés e das Águas que em tempos de pandemia, viram-se isoladas não apenas para sua proteção a covid-19, mas também de garantias e direitos. Em tempos de solidão prolongados pela doença, a desesperança vinha em forma de falta de alimento em suas mesas, violência familiar, além de todos os tipos de opressão a vida das mulheres.
Em busca de sobrevivência e afeto, as mulheres da Resex formaram um grande elo de sororidade. Nascia o então chamado de “Vigílias da Espiral da VIDA das Mulheres das Marés e das Águas”, mulheres forjadas pela resistência, abraçaram suas irmãs e criaram grupos em redes sociais buscando para além do auxilio de um afeto distante, mas também a busca de entender seus direitos e deveres enquanto cidadãs.
Tendo em vista a necessidade de formação política para a sobrevivência das mulheres, a Cofrem, juntamente com as mulheres da Resex, uniram-se para debater sobre suas dores e dissabores que a pandemia trouxe. Foi criada a I roda de conversa de mulheres das marés e das Águas, que acontece dia 29 e 30 de novembro em Bragança, para ter um projeto de politicas afirmativas para as mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade e violência doméstica.
O evento nasceu da necessidade de um espaço legitimo das lideranças das reservas extrativistas Costeiras e Marinhas conforme demanda das próprias lideranças. E durante a pandemia se tornou ainda mais urgente para a sobrevivência das mulheres para Mobilizar e Articular as Mulheres das Marés e das Águas, construindo estrutura de resistência.
Foram chamadas mais de cinquenta lideranças de Reservas Extrativistas de todo o Brasil; Rio de janeiro, Bahia, Maranhão, estarão presentes na roda de conversa para dialogar sobre a necessidade das mulheres que são em sua maioria chefes de família. O encontro para debater mudanças para acolher e ajudar as irmãs que não tem conhecimento sobre seus direitos na sociedade.
O instituto Nossa Voz estará em Bragança para registrar e cobrir o evento que vai mostrar a união e força das mulheres extrativistas. Também estarei presente no segundo dia de encontro para falar sobre a história da minha família, que sobreviveu graças a pesca em Cametá.