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Foto do escritorNice Tupinabá

Maguari-Açu: Dos palcos às telas de cinema



A companhia de dança Airles Teixeira estreou ontem (02) seu filme Maguari-açu. A estreia aconteceu na igreja Cristo Rei, em Ananindeua, local onde o corpo de balé da companhia ensaiava. O filme foi apresentado durante a noite e contou com a presença dos atores, convidados, e participantes do espetáculo.

Maguari açu foi divulgado no programa Nossa Voz, e Airles explicou sobre como foi feito toda a ideia do filme, que nasceu de uma apresentação de dança, e a partir daí, o que era dançado em cima de um palco foi parar nas telas do cinema. A parceria da produção foi com uma produtora independente, que propôs a Airles transformar o espetáculo de dança em filme.


O filme por meio de incentivos culturais será apresentado em praças espalhadas por Ananindeua, e posteriormente levados a escolas da cidade. Ele também vai circular em alguns interiores, como Capanema. “Queremos que o filme circule antes de chegar as plataformas digitais. Por que as vezes quando chega nas plataformas se perde um pouco o interesse e a gente não quer levar só o filme, queremos que a pessoa assista ao filme e ao espetáculo para criem um vínculo com ele” diz Airles.


O espetáculo é direcionado a crianças e adolescentes, conta a história iniciando na guerra dos cabanos, e a fuga do massacre pelo rio Maguari açu que foi o início da terra Ananin. O filme também traz um perfil atual, de pandemia, e mostra a dificuldade dos alunos em estudar remotamente.


A maioria dos alunos que fazem parte do corpo de balé da companhia vieram de projetos sociais. A companhia projeta espetáculos artísticos onde esses jovens pudessem se envolvem nessas frentes trazendo uma carga de experiencias que talvez em escolas de danças tradicionais não pudessem ter. A dançarina usou a arte como refúgio para que essas crianças fizessem parte de um outro cotidiano, voltado a música e cultura.


A companhia projeta espetáculos artísticos onde esses jovens pudessem se envolvem nessas frentes trazendo uma carga de experiências que talvez em escolas de danças tradicionais não pudessem ter.


Amanda Moraes é uma das dançarinas que faz parte do corpo de balé, a aluna de 19 anos está na companhia desde os seus 10 anos de idade. Para ela, fazer parte desta companhia tem um impacto muito importante na sua vida “A dança sempre me ajudou muito, eu tenho problemas de ansiedade e tive depressão e foi a dança que me salvou. As pessoas da companhia sempre foram as pessoas que me acolheram nos momentos difíceis” contou a dançarina.


Airles Teixeira é professora de dança, pedagoga e educadora física, e dirige a escola experimental que leva seu nome. A companhia de jovens bailarinos tem a missão e fomentar espetáculos de arte e fazer a interligação entre diversas linguagens artísticas, tendo como base a dança. Poesia, música, artes visuais e agora o cinema.


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