As urnas eletrônicas no Brasil têm mais de 25 anos sendo usada nas eleições, mas o uso dessas máquinas está novamente em pauta. O governo Bolsonaro sempre coloca em xeque a confiabilidade da urna. De acordo com o Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (Idea) – uma organização intergovernamental que apoia democracias sustentáveis em todo o mundo e que conta com 34 países-membros, como Suíça, Portugal, Noruega, Austrália e Canadá, além do Brasil –, o voto eletrônico é adotado por pelo menos 46 nações.
Mas ao que tudo indica a polêmica em torno do voto impresso está longe de terminar. Um dia depois de assinar a nota em resposta à CPI da pandemia, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto e os três chefes das Forças Armadas teriam ameaçado o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmando a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e aditável. Mas todo mundo sabe ou deveria saber, é que a urna eletrônica é aditável. Este governo na verdade só quer um pé para demonstrar repudio a democracia.
Nos últimos meses, voltou a surgir a questão envolvendo o voto impresso. As pessoas a favor dessa medida, entre elas o presidente Jair Bolsonaro, querem que cada urna eletrônica seja conectada a uma impressora, assim que o eleitor confirmasse seus votos, a urna imprimiria um papelzinho com eles. A pessoa veria esse papel através de uma janelinha, daria o ‘OK’, e o papel cairia dentro de uma urna física, ou seja, um saco lacrado.
O tema tem sido esbravejado insistentemente por Bolsonaro para fazer ameaças golpistas contra as eleições de 2022. Ele já afirmou, várias vezes, que se a mudança não ocorrer não haverá eleições.
Comentários