Aos olhos de quem só deseja enxergar o geral em evidência, dificilmente conseguirá notar a presença de comunidades distintas que vivem uma a cultura, costume, crença e uma singularidade a parte, construída por acontecimentos históricos. Um grupo pouco assistido pelas autoridades que focam na populosa cidade criada por quem justamente é esquecido. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará está em quarto lugar no ranking dos estados brasileiros a conter um número significativo de quilombolas, no total são 516 localidades que abrigam esse público, um quantitativo expressivo que precisa ser visto e cuidado pelos representantes políticos do Brasil.
Quando falamos em época pandêmica a desigualdade em relação aos quilombolas cresce ainda mais, pois a preocupação se volta ao que acontece antes mesmo da pandemia chegar , como a falta de estrutura e direitos básicos, como água potável, assistência médica, alimentar e outras direitos mínimos que não são garantidos de forma eficaz, dificultando a sobrevivência e existência de um povo que vem de um histórico de luta contra a escravidão.
O termômetro da vacinação contra a covid-19 do grupo quilombola que faz parte da lista prioritária, conforme determinado pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), mostra 129.770 pessoas vacinadas, do total de 50.209, equivalente (38,69%), já receberam a primeira dose e 4.403(3,39%) , foram imunizados com a segunda dose. O número poderia ser maior se a atenção fosse igual a todos, afinal de contas são seres humanos merecedores de políticas públicas que melhor atendendo a necessidade distinta de casa grupo.
No Pará estima-se que a população quilombola seja de pouco mais de 500 comunidades, suspeitando- que esse número seja maior, chegando até 600, por conta do não reconhecimento de algumas delas. Das mais de 500 comunidades trabalhadas pela Malungo, Coordenação Quilombola do Pará, somam 250 mil pessoas, distribuídas em 50 mil famílias.
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