O empobrecimento das famílias brasileiras tem levado milhões de pessoas à situação de fome. Segundo levantamento da Rede Penssan, 37,8% dos lares com crianças de até 10 anos não tinham comida ou a quantidade foi reduzida. O quadro é ainda mais grave com o aumento da inflação e a alta dos preços dos alimentos e pelo empobrecimento da merenda escolar que está com recursos congelados desde 2017 pelo governo federal.
No Pará, o risco de fome atinge 53,4% dos lares paraenses com crianças até 10 anos. Quando analisado quantas famílias em geral passam fome no estado esse número chega a 30%, superior à média nacional de 15,5%. Os dados são anteriores ao aumento do Auxílio Brasil, mas especialistas afirmam que o benefício tem ação reduzida.
A maior proporção de famílias em insegurança alimentar grave está nas regiões Norte e Nordeste do país. Alagoas é o estado em que essa situação é mais frequente, atingindo 36,7% das famílias pesquisadas, sendo seguido por Piauí, com 34,3%, seguido pelo Amapá, com 32% dos domicílios nessa situação e o Pará e Sergipe, ambos com 30% da população atingida. Os resultados refletem as desigualdades regionais do Brasil.
Considerando também a insegurança leve, são 125,2 milhões de pessoas com preocupação sobre a disponibilidade de alimentos, com algum grau de indisponibilidade dos mesmos ou passando fome.
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