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Foto do escritorNice Tupinabá

Preservando Nossas Raízes Culturais: A Importância do Reconhecimento das Comunidades Quilombolas




O Censo 2022 trouxe à tona informações valiosas sobre a população quilombola no Brasil, um marco histórico para o reconhecimento da importância dessas comunidades. Com 1,3 milhão de quilombolas no país, é fundamental valorizar e preservar sua rica diversidade cultural.

É inegável que a inclusão da contagem dos residentes quilombolas é um passo essencial para garantir a representatividade e a visibilidade dessas comunidades historicamente marginalizadas. O levantamento, realizado em parceria com a CONAQ, permitiu conhecer mais sobre a realidade dessas pessoas, dentro e fora dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados.

No entanto, ao analisar os dados específicos do Pará, uma preocupação se destaca: o estado concentra a quarta maior população quilombola do país e lidera em quantidade de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados. Mas, infelizmente, essa realidade também está associada a desafios graves, como invasões garimpeiras e aumento da violência nessas áreas.

É imperativo que a sociedade e as autoridades se mobilizem para proteger essas comunidades e seus territórios. Os Territórios Quilombolas Titulados são uma importante ferramenta para preservar sua cultura e identidade, mas ainda enfrentam fases burocráticas até serem reconhecidos e titulados.

Além disso, o Censo também revelou dados sobre a proporção de pessoas quilombolas em relação à população total de cada estado, destacando a relevância cultural dessas comunidades. O Pará, junto com outros estados, possui uma porcentagem significativa da sua população autoidentificada como quilombola, evidenciando a importância de políticas públicas que promovam sua inclusão e bem-estar.

Esses dados devem servir como um alerta para a necessidade de políticas mais assertivas para proteger e valorizar as comunidades quilombolas. O Brasil possui uma riqueza cultural imensa, que precisa ser preservada e celebrada. Garantir o respeito aos direitos dessas comunidades é um passo crucial para construirmos uma sociedade mais justa e igualitária, que valoriza suas raízes e promove a inclusão de todos os seus cidadãos.

Que o Censo 2022 seja o ponto de partida para ações efetivas e concretas em prol das comunidades quilombolas, honrando sua história e contribuindo para a formação do Brasil. A preservação da cultura e dos territórios quilombolas é uma responsabilidade de todos nós, e é urgente unir esforços para garantir um futuro mais justo e inclusivo para todos os brasileiros.


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