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Salve a força ancestral Kumaruara; um povo com nome da cura!

Foto do escritor: Nice TupinabáNice Tupinabá

Luana Kuamarua/ foto reprodução

Kumaruara advém de Cumaru e é o nome de um dos 13 povos indígenas que habitam a região do Baixo-Tapajós, oeste do Pará. A aldeia indígena Solimões, que fica na margem direita do rio Tapajós, é habitada por esse povo que reconhece o Cumaru como planta detentora da essência de identidade e cura. Durante a pandemia, a maior crise sanitária do período moderno do Brasi, foi muito utilizada para auxiliar no tratamento da Covid-19, [para contribuir] contribuindo na cura de muitos indígenas kumaruaras contaminados pelo vírus.


O Cumaru é o fruto que nasce da flor da árvore tropical Cumarueira, típica em toda a região norte da América do Sul – incluindo os Estados brasileiros do Amazonas e do Pará. Para fora da Amazônia, é reconhecido como uma das especiarias mais requintadas e exóticas da culinária gourmet, substituindo outras, como canela ou cravo. Em alguns países, o Cumaru é visto como veneno: os EUA, por exemplo, proibiram o seu consumo desde 1954, segundo a BBC. Mas, dentro da Amazônia, é planta sagrada, utilizada para o tratamento de doenças respiratórias, entre outras coisas.

“Nossos antigos nossos, antepassados, falavam e falam até agora que, aqui dentro do nosso território, havia muito essa madeira aqui chamada Cumaru, então, os nossos antigos colocaram o nome da nossa Etnia de Kumaruara. Agora, nós combatemos muito a Covid com o Cumaru, todas as aldeias trabalharam muito com essa medicina. Parece que nossos antepassados sabiam dar nome para a cura”, explicou Luana Kumaruara, da Aldeia Solimões.


A Aldeia Solimões, a 2 horas de Santarém, segunda maior cidade do Pará, está no processo, desde a década passada, de reconhecimento do território tradicionalmente ocupado. A Fundação Nacional do Índio ainda não demarcou essa área de ocupação tradicional indígena que sobrepõe o interior da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. Essa sobreposição gera conflitos e também omissão e desassistência aos povos indígenas. Os descendentes dos guerreiros da Cabanagem hoje sofrem pela falta de serviços de atenção básica, como de saúde e educação, e pela invisibilização da sua condição étnica.


Conforme o relatório “O Brasil com baixa imunidade – Balanço do Orçamento Geral da União 2019”, publicado pelo INESC, instituto especializado em orçamento público e Direitos Humanos no Brasil, a política de saúde indígena foi um capítulo significativo na ofensiva aos direitos não só do povo Kumaruara, mas de todos os povos indígenas do Brasil.


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