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Agro é tech, agro é pop, agro é FOME



O governo do Brasil se vangloria de ser o país do agronegócio “o agro é tech, o pop, o agro é tudo”, vemos o agronegócio bater recordes de crescimento em 2020, mesmo quando o país sofria com as dificuldades econômicas causadas pela pandemia.


Agora a pergunta que fica é: Por que o país que mais produz alimento, é também o país que mais tem visto o nível de fome aumentar entre a população?


segundo pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), O Brasil, apesar de grande na agricultura, foca em algumas culturas específicas, voltadas para a exportação. Um exemplo é a soja – que representa mais da metade da produção de grãos do país e não necessariamente é transformada em alimento para consumo humano.


O Brasil na realidade é o rei das Commodites, não para alimentos de consumo que vai direto para a mesa do brasileiro, mas sim para exportação, principalmente para o cultivo de grãos usados em ração de animais.


Commodities são produtos que funcionam como matéria-prima. Elas podem ser desenvolvidas em larga escala e estocadas sem perder a qualidade. No caso do agro, são itens como soja, trigo, milho e café.


No geral, para o agro, o que vale é o que vai para fora. Quem na realidade produz o alimento que vai parar na mesa do brasileiro é o pequeno produtor. O Movimento Sem Terra (MST) é um dos responsáveis por essa produção. A comida, de qualidade, respeita a sazonalidade da produção. Evita o uso de veneno, os famigerados agrotóxicos que adoecem e matam. E tem a marca da solidariedade. Desde o início da pandemia, o MST chegou a doar mais de 4,2 mil toneladas de alimentos a quem necessitava.


Nosso país está sofrendo com o alto índice de fome que não víamos a anos acontecer. São 19 milhões de brasileiros em situação de fome no Brasil, segundo dados de 2020 da Penssan. Olhando dados mais antigos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é possível ver que em 2013 o Brasil teve o melhor nível de segurança alimentar da série histórica (Pnad), com mais de 77% dos domicílios nessa condição. Em 2014, o Brasil inclusive deixou o chamado Mapa da Fome da ONU.

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