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Bolsonaro faz Brasil virar chacota internacional



Em cima de um palanque que ele mesmo criou, erguido pelo falso moralismo, negacionismo e mentiras, Jair Messias Bolsonaro, discursou no evento mais importante do mundo, fazendo nós brasileiros morremos de vergonha diante do planeta. Um discurso recheado de mentiras e fake News.


Não nos surpreenderia se não fosse Bolsonaro, mas ele exagerou e virou chacota internacional e estampando as capas dos principais jornais do mundo. Realmente Bolsonaro veio para fazer história, nunca o nosso país foi tão rebaixado assim diante de grandes potências do capitalismo da plateia nos olhando.


Depois que o presidente subiu na tribuna e fez esse discurso vergonhoso e imoral, ficou claro que Bolsonaro é parte do problema para o qual o mundo busca soluções. Enquanto Guterres pediu que os líderes do planeta saiam do caminho da destruição e deixem de alimentar a doença da desconfiança, lá estava o presidente brasileiro reforçando suas falas sectárias, sugerindo uma “família tradicional”, mentindo sobre os dados do desmatamento que devastaram a Amazônia e deram passe livre a grileiros e mineradores ilegais.


De todo o discurso dele, dois momentos me fizeram sobressaltar, o primeiro, onde ele teve a cara de pau de falar que o desmatamento da Amazônia estava menor do que o ano anterior durante o mês de agosto, de fato: só que ele não falou que o ano passado o desmatamento subiu 68% em agosto de 2020, de acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O que reduziu com relação a este ano, não é nada perto do que ainda se encontra alto. De acordo com o Imazon, o mês de agosto do ano passado foi o pior verificado nos últimos 10 anos de monitoramento. E sabemos que nos dois primeiros anos de Bolsonaro no poder a média de desmatamento da Amazônia foi de 10.490 quilômetros quadrados, uma alta de 56% em relação aos cinco anos anteriores. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE). Sob Bolsonaro, “as multas do Ibama caíram para o nível mais baixo em duas décadas, as operações de campo minguaram e o Fundo Amazônia, com quase 3 bilhões de reais para a proteção florestal em caixa, está paralisado desde 2019”, lembrou o Instituto.




Outro momento que fez o estômago revirar de raiva foi quando Bolsonaro fez ode ao “tratamento precoce”. “Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina. Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina.” Disse Bolsonaro, indo isoladamente contra a todas as recomendações mundiais sobre a ineficiência do uso de medicamentos como a cloroquina e a invermectina. Lembrando que neste momento a CPI da covid está investigando o plano de saúde da Prevent Senior, um plano voltado aos idoso. A Prevent Junior é suspeita de ter ocultado mortes em estudos sobre a cloroquina, além de ter sido denunciada por pacientes da operadora, que teriam sido assediados para aceitar o tratamento precoce.


Bolsonaro vendia o país como se fosse uma pintura renascentista, cheio de belezas, como se as mazelas que estamos vivendo não fossem reais. Para aqueles que estavam ouvindo o presidente e não sabem nada o que acontece em nosso país, o Brasil está a mil maravilhas, não temo mortes, saneamentos impecáveis, todos empregados, direitos aos indígenas preservados, e a Amazônia verde e saudável como se nunca antes fora habitada.


Na verdade Bolsonaro segue com medo do que vem vendo nas pesquisas que a cada dia que passa mostra Lula na frente, e o índice de rejeição ao seu governo só aumenta. Quem mora no aqui no Brasil viu cada mentira destilada e sabe onde doi, é no bolso que dói, é ver seu filho com fome que dói, é ver o jovem desacreditado com o seu futuro que dói, é ver os povos originários lutando por seus direitos básicos que dói.


Imprensa internacional repercute fala de Bolsonaro


Bolsonaro quis enganar só quem mora lá fora, mas mesmo assim o tiro saiu pela culatra, hoje a imprensa internacional só noticiou a chacota que é o presidente do Brasil. O site do jornal americano "The Washington Post" relembrou as falas de Bolsonaro contra a vacinação e disse que ele parece ter quebrado o "sistema de honra" das Nações Unidas para a vacinação.




A ONU não barrou a entrada de pessoas não-vacinadas durante a Assembleia Geral mas pediu, sob o que chamou de um "sistema de honra" que todos os participantes estivessem vacinados.


A publicação destacou que o presidente brasileiro não comentou sobre seu status vacinal durante o discurso, mas que ele usou máscara de proteção enquanto transitava pela sede das Nações Unidas.



O site do jornal britânico "The Guardian" publicou em uma transmissão em tempo-real do discurso de Bolsonaro que o presidente brasileiro se provou uma "figura controversa" durante a pandemia, minimizando os impactos do vírus e recusando-se a ser vacinado.


Além disso, o jornal destacou a fala de Bolsonaro sobre o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19 no que ele chama de "tratamento precoce".




O jornal argentino "Clarín" publicou em seu site que o presidente brasileiro "mirou contra [o ex-presidente] Lula em seu discurso para a ONU" ao dizer que o Brasil estava "à beira do socialismo".


A reportagem também falou sobre a forma com que Bolsonaro tem lidado com a pandemia da Covid-19 e relatou um "negacionismo evidente" do mandatário quando, na véspera, ele se reuniu com o premiê britânico Boris Johnson que elogiou a vacina enquanto o brasileiro diz não ter tomado.


E foi assim que fomos apresentados ao mundo, no lugar em que o Brasil ocupa o primeiro lugar de fala na assembleia dos maiores líderes mundiais, antes tido como referência, O lugar que sempre entramos com dignidade e com projetos potentes pelos direitos humanos, hoje é motivo de chacota.

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