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Cesta básica em Belém atinge recorde de alta nos preços dos produtos


A ida ao supermercado está cada vez mais angustiante. Não é mais uma sensação, é uma certeza, que tem pesado em nossos bolsos, a cada semana. O aumento generalizado dos alimentos tem comprometido o orçamento de milhares famílias Paraneses. O galope da inflação nos últimos meses tornou cada vez mais difícil o sustento básico da população mais pobre. A previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2021 subiu 0,17 ponto percentual em uma semana, passando de 6,88% para 7,05%. Enquanto em 2017 essa média era de 2,95%. Essa é 19ª alta consecutiva.


O quadro é preocupante porque a cesta básica inclui gastos apenas para compra de 39 produtos, entre alimentos e itens de higiene pessoal e limpeza doméstica. Ficam de fora itens tão importantes quanto a alimentação, como despesas com moradia, transporte e medicamentos, por exemplo.


Aqui na capital paraense, essa dificuldade se encontra ainda mais evidente. Segundo o levantamento do Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Belém registrou uma alta de 1,97% em sua cesta básica, ficando atrás apenas de Natal (4,91%) e Salvador (2,75%).


Isso quer dizer que, um trabalhador de carteira assinada, que recebe um salário-mínimo, equivalente a R$ 1.100, precisa gastar até 103 horas do expediente para comprar uma cesta básica aqui na capital. Na mesma velocidade em que a jornada de trabalho aumenta, os preços dos itens também sobem na contramão da inflação. Em razão disso, o trabalhador do Pará precisa gastar pelo menos 50% do salário-mínimo para conseguir se alimentar.


O quadro é grave. Estamos chegando ao patamar do elas por elas, com os gastos com alimentação, higiene e limpeza empatando com o salário mínimo. E todo dia recebemos informações nos jornais que esse aumento ainda vai continuar.


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