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Estudantes indígenas vão a Brasília na luta pela bolsa permanência

Os originários reivindicam o direito ao acesso e a bolsa permanência dentro das universidades

Foto: Apib

Estudantes indígenas se juntaram ao movimento que está sendo realizado há quase uma semana em frente ao Congresso Nacional, no Distrito Federal, a luta é pela garantia de permanência dentro das universidades e direitos básicos de educação. A bolsa permanência indígena e quilombola é um programa criado pelo Ministério Da Educação (MEC), que viabiliza assistência estudantil, com um valor de R$900 reais, que atendem estudantes dessas categorias dentro das universidades federais. Porém esse direito está ameaçado, pois nos anos de 2017 e 2018, o programa não abriu editais, já em 2019, após a mobilização indígena ocorrida em Brasília, os estudantes conseguiram a abertura do edital que possibilita a permanência da comunidade indígena dentro do setor da educação superior. Em 2020 o problema retornou, com a justificativa por parte do governo de que a pandemia seria a culpada pela não abertura do processo, deixando diversos estudantes sem acesso e renovação no programa educacional.


Participam do movimento representantes indígenas estudantis de diversas localidades do país, Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e outros, entre os estudantes, Tel Guajajara , Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE),da Universidade Federal do Pará (UFPA), Raquel Xipaya e Lorena Kuruaya, estudantes da mesma universidade, que se juntaram aos mais de 30 universitários lutando pela igualdade no direito à educação. “A importância de fazer parte desse movimento, hoje mais do que nunca é conseguir garantir a nossa permanência na universidade, não pelo valor financeiro, mas de forma que o Mec entenda que muitos indígenas vivem e dependem disso para se manter dentro da universidade, principalmente na pandemia, visto que muitos não conseguem retornar para as suas comunidades, o que gera mais gastos com alimentação, água e energia”, explicou o estudante de direito, Tel Guajajara.

Foto: Mídia Ninja

Em paralelo ao movimento acontece também no Distrito Federal, o 1° Levante Indígena pela Terra, do qual os estudantes também fazem parte, pois são pertencentes às terras que correm o risco de perder o direito à demarcação, por conta do Projeto de Lei (PL) 490/2007, que está em andamento no congresso.


Além dos desafios no deslocamento para adquirir conhecimento e o preconceito enfrentado dentro das academias, os estudantes ainda precisam lutar pela efetivação dentro desses espaços, em um país que faz cortes absurdos na educação e não atende a necessidade individual das comunidades indígenas, que assim como qualquer ser humano estão aptos a se desenvolver intelectualmente.

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