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Justiça para Daiane Kaingang: Jovem indígena é encontrada morta



Estamos vendo diariamente acontecimentos tristes com os povos indígenas, mas quando vemos um dos nossos ser tirados de nós de uma forma tão brusca, é ainda mais doloroso. Na tarde de quarta-feira, 4, o corpo da menina Daiane Griá Sales, do povo Kaingang, foi encontrado em uma lavoura. A jovem foi encontrada nua, com as partes do corpo da cintura para baixo arrancada e dilacerada.


Daiane era só uma jovem de 14 anos, que ainda tinha uma vida toda pela frente, teve sua vida arrancada tão cedo. Temos visto dia após dia o assassinato de indígenas. Mas, parece que não é suficiente matar. O que dói em nossa alma é ver os requintes de crueldade. Entendemos que o conjunto de violências cometida a nós, mulheres indígenas, desde a invasão do Brasil é uma fria tentativa de nos exterminar, com crimes hediondos que sangram nossa alma. A desumanidade exposta em corpos femininos indígenas, precisa parar.


A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), fizeram um manifesto afim de reivindicar, denunciar e cobrar justiça para a jovem Daiane.


“A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), viemos por meio deste manifesto repudiar e denunciar o crime de barbárie cometida na tarde desta quarta-feira (04), no Setor Estiva, da Terra Indígena do Guarita, no município de Redentora, contra a jovem de apenas 14 anos, Daiane Griá Sales, indígena Kaingáng. Estamos aqui, reivindicando justiça! Não deixaremos passar impune e nem nos silenciarão. Lutamos pela dignidade humana, combatendo a violência de gênero e tantas outras violações de direitos. As violências praticadas por uma sociedade doente não podem continuar sendo banalizadas, naturalizadas, repleta de homens sem respeito e compostura humana, selvageria, repugnância e macabrismo. Quem comete uma atrocidade desta com mulheres filhas da terra, mata igualmente a si mesmo, mata também o Brasil.”


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