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Mais de uma década na luta pela derrubada do PL 490

A proposta criada em 2007 ataca os direitos indigenistas e fere a constituição brasileira


Foto: Apib

Enfrentando sol, chuva e criminosos, os povos indígenas vivem dias de guerra, todo dia é uma luta diferente, seja por meio de armas de fogo, ou armas de poder, onde criminosos engravatados criam propostas que vão contra aos direitos que não deveriam ser questionados, pois direitos são direitos e precisam ser respeitados. Nesta terça-feira, 15, às 13h, mais uma Reunião Deliberativa iniciou-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC),da Câmara dos Deputados, para debater o Projeto de Lei (PL) 490/2007, que se aprovado, acaba com a demarcação de terras indígenas, e ataca os direitos garantidos na constituição de 1988, questionado por meio da proposta criada pelo deputado, Homero Pereira, (PR/MT), no ano de 2007. Enquanto o futuro da população indígena é decidido a portas fechadas, com argumentos movidos por dinheiro, ódio e desumanidade de quem é favorável ao PL, cerca de 700 lideranças indígenas, de 25 etnias de todas as regiões do Brasil seguem de pé em frente a cúpula do poder, na esperança de vencer mais uma luta.


Entre os parlamentares presentes estava a Deputada Federal Paraense (PSOL), Vivi Reis, que em sua fala destacou a importância de ouvir os mais afetados com a proposta, os indígenas, e também de como o projeto é desrespeitoso com a história dos originários. “Não tem como aceitar que esse projeto que quer deixar a boiada passar seja aprovado, não deixaremos mais que nenhuma gota de sangue indígena seja derramada sobre esse verdadeiro genocídio e não aceitaremos que direitos e a vida de povos indígenas sejam atacados”, frisou a parlamentar.


A terra indígena, um ambiente sagrado para os originários, sempre foi sondada de forma gananciosa pelos exploradores ilegais e autoridades que ao invés de proteger estão de olho na geração de lucro, que dizem melhorar a economia do país, no entanto, somos conhecedores da intenção e da fala do governo bolsonarista, que se prevalece de uma pandemia que já matou quase meio milhão de pessoas, para deixar a “boiada passar”, essa é mais uma tentativa de fazer com que o texto que fere a vida indígena e reflete na grande parte desfavorecida da sociedade brasileira passe por “baixo dos panos”, de forma violenta com quem terá as próprias terras escancaradas para criminosos que fazem parte do poder destruir o meio ambiente e afetar a cultura, os costumes e os saberes originários.


A reunião calorosa, com depoimentos contra e a favor do PL 490, foi atualizada para o status não deliberado em razão do início da Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados, com data de debate e votação para a próxima quarta-feira,16, às 9 horas.

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