O presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, anunciou que visitará os povos indígenas da comunidade Maturacá, localizada no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. A visita está prevista para o dia 27 deste mês, no entanto, os indígenas Yanomamis contestam a presença do representante do país, que em diversas pautas envolvendo a população indígena se mostrou contrário a cultura, a preservação do ambiente de morada dos originários, do meio ambiente, demarcação de terra, e ainda, foi desrespeitoso com a identidade dos originários, favorecendo a legalização da prática garimpeira na região.
A decisão do presidente, de ir até o território indígena veio depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou medidas urgente e imediatas para a proteção da vida dos originários que vivem na região de Roraima, em especial, os das Terras Indígenas Yanomami, em Roraima, e Munduruku, no Pará que vêm sofrendo inúmeros ataques, ameaças e correm o risco de sofrer um massacre, por parte dos mais de 20 mil garimpeiros ilegais que estão infiltrados em TI.
Em resposta a possível visita do presidente, líderes indígenas divulgaram uma carta de repúdio, onde disseram que o único motivo da visita de Bolsonaro é para tentar negociar a legalização da mineração em territórios indígenas, o que contraria a comunidade. Recentemente em uma live, o presidente se mostrou a favor da legalização e destacou que cerca de 14% das terras indígenas possuem potencial para a exploração de minério.
De acordo com a decisão do STF que partiu devido risco eminente de mais atentados, e ainda, de aumento na contaminação da covid-19 por meio de garimpeiros, um plano será construído no período de 30 dias, para que seja feita a retirada dos garimpeiros invasores do local.
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