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Vamos conhecer o memorial em homenagem ao padre Bruno Sechi em Belém



Fundador do Movimento República de Emaús, e conhecido por exercer trabalhos sociais, padre Bruno Sechi, falecido em maio de 2020, deixou um forte legado nessa vida, resultado de suas atuações nas mais diversas paróquias da Arquidiocese de Belém.


O sacerdote que deixou esse mundo aos 80 anos, mas continua vivo na memória de familiares, amigos e fiéis. Como resultado, nada mais justo do que uma homenagem que seja tão grandiosa quanto o homem que foi em vida, responsável por um dos maiores projetos, fundamentado nos valores cristãos.


o Movimento República de Emaús e a Companhia Belém inauguram o “Memorial Padre Bruno Sechi” na Companhia Belém Academia, com acervo documental, fotográfico e pessoal dedicado à vida e obra de Sechi, defensor dos direitos humanos de crianças, adolescentes e jovens.


O Memorial Padre Bruno Sechi fica localizado na Rua Municipalidade, 489 – Chaminé na Companhia Belém Academia.


A vinda do Padre Bruno Sechi para o Brasil


Natural da Sardenha, na Itália, Bruno Sechi tem uma história de mais de 50 anos em Belém do Pará, terra onde ele se sensibilizou com a vida difícil de famílias de moradores da periferia e criou, o então chamado Movimento da República do Pequeno Vendedor, para retirar das ruas meninos e meninas que sobreviviam da venda de produtos diversos e estavam expostos ao risco de violência, além de afastados da escola.

O missionário chegou no brasil em plena ditadura militar, mais precisamente em outubro de 1964. Em março de 1965 à 1968 estudou Teologia no Instituto Teológico Pio XI, em São Paulo.


Os anos de chumbo vividos no Brasil ajudaram a formar no padre, sensível às causas sociais, uma nova perspectiva de preocupação com os pobres, em especial com os jovens, inspirado na Teologia da Libertação. Foi ordenado presbítero em junho de 1968 por Dom Fernando Legal, bispo emérito de São Miguel Paulista.


Após sua ordenação, padre Bruno Sechi foi destinado à comunidade da Escola Salesiana do Trabalho, no bairro da sacramenta, em Belém, onde trabalhou de 1969 a 1970 como encarregado do Oratório Festivo Dom Bosco.


Seu Legado


em 1970, Padre Sechi fundou o Restaurante do Pequeno Vendedor. Posteriormente, passou a chamar-se República do Pequeno Vendedor, abrangendo feiras e áreas de concentração de crianças trabalhadoras.


A ideia era usar a hora do almoço para atrair os meninos que vendiam frutas, sacolas e outros produtos na feira do Ver-o-peso, logo, não estudavam, eram perseguidos pelo “rapa” e tratados como marginais pela sociedade e órgãos públicos.


No ano seguinte, 1971, o grupo já aglutinava mais de 150 meninos. Desse modo, nasceu a República do Pequeno Vendedor. Dois anos depois, em 1972, o processo de evolução do movimento fez surgir a Campanha de Emaús, como forma de sensibilização e mobilização da população. Em 1980 criou-se a Cidade de Emaús, no bairro de Bengui, em Belém.


O Emaús nasce da necessidade de ajudar as crianças que estavam em situação de vulnerabilidade na cidade de Belém. A Campanha de Emaús é uma das atividades da instituição. Ela acontece anualmente no último domingo de setembro, quando aproximadamente 800 voluntários, principalmente jovens, percorrem em caminhões cedidos por empresas locais, as ruas de Belém recolhendo objetos disponibilizados pela população.


A grande coleta é também uma oportunidade da população tomar consciência dos graves problemas que atingem crianças, jovens e suas famílias. Anualmente é distribuída uma carta aberta com motivações e sugestões para participação. A doação de materiais não é restrita apenas à grande coleta, mas continua durante o ano, com entrega direta ou através de solicitações via telefone ou pelo site do Movimento.

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